Confira a íntegra da entrevista coletiva de Joel Santana após Santa Cruz 1 x 0 Vasco

Sábado, 18/10/2014 - 19:25
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A derrota não tirou a tranquilidade do técnico Joel Santana. Foi o primeiro resultado negativo do treinador no comando do Vasco - a equipe estava invicta desde a derrota por 5 a 0 em casa, quando Adilson Batista pediu demissão. Antes, com Joel, foram cinco vitórias e quatro empates. O treinador lamentou o contra-ataque sofrido aos 40 minutos do segundo tempo no elogiado gol de Cassiano - "parecia gol de Copa". A derrota por 1 a 0 para o Santa Cruz, neste sábado na Arena Pernambuco, deixou a equipe na terceira colocação na Série B - com o mesmo número de pontos do Joinville e a três da líder Ponte Preta.

Experiente, Joel se mostrou inabalável com a campanha para acesso a Série A. Com a cabeça a mil ainda minutos depois da derrota, o treinador lembrou que fez as mudanças no segundo tempo para o Vasco sair do empate. Com Maxi e Dakson em campo, o time criou mais, mas desperdiçou muitas chances. A postura agradou o treinador, que não anunciou mudanças, mas disse que vai mudar o time. Ele não terá Fabrício, suspenso, e tem a volta de Kleber no ataque.

- A luta continua - disse Joel Santana.

Confira abaixo a íntegra da coletiva de imprensa do técnico.

Analise do jogo

Foi um jogo igual, equilibrado e quem fizesse gol, ganharia. Fomos mal no primeiro tempo, mas no segundo melhoramos. Demos um contra-ataque aos 40 minutos no campo do adversário, isso não pode acontecer. Fizemos mudanças no segundo tempo, o time equilibrou e poderia ter vencido o jogo. Mas, aos 40, os caras viraram uma bola e foram felizes. Acho que não jogamos mal não. Mas futebol não pode dar esse tipo de oportunidade na casa do adversário no fim do jogo. A luta continua. Perdemos o Fabrício e vamos ver quem a gente vai colocar no lugar dele.

Dupla Thalles e Edmilson

Thalles é muita força e velocidade e Edmilson é goleador. Eles estavam jogando afastados no primeiro tempo. Não contava com a saída do Kléber e não quis mexer na estrutura da equipe. Por isso, fui com os dois centroavantes.

Santa Cruz ofensivo

O Santa Cruz fez pressão grande no início, principalmente com o lateral direito e com o centroavante. Ele acabou tirando o número 11, que estava nos incomodando, e fui para frente. Mudei para ganhar o jogo. E quando queimei a última, tomei o gol naquele momento. Teríamos três jogadores de velocidade no ataque e quebrou a mexida.

Vitória contra o América

Uma vitória agora chegaremos perto do somatório de pontos. Pensando em 65 pontos. Temos quatro jogos fora e quatro dentro. Uma vitória fora nos colocaria em um momento bom, Qualquer ponto que levássemos aqui, era graça. Mas perdemos aqui, agora é tentar vencer o América-RN. Se conseguirmos, será 50% da viagem, o que não está muito ruim. Vai ser uma pedreira, porque eles estão na zona de rebaixamento, mas vamos tentar a vitória lá.

Presença de Kleber

Foi bom para ele, pro grupo, jogador mostrou que está junto e vivendo o que estamos vivendo. Geralmente, o jogador quer folga. Ele não, se prontificou a vir. Mas foi bom para ele, para o grupo... E no próximo jogo ele vai estar presente, jogador importante no sistema tático, e para nós foi bom para dar de exemplo para todos. Achei bem legal.

Diferença do primeiro tempo para o segundo

O que vale para nós é que fica uma dor amarga, porque tomamos o gol quando estávamos melhores na partida. Não tivemos tantas chances no primeiro tempo. Mas no segundo melhoramos. Quando aquela cabeçada do Rodrigo não entrou, já me amargurei. O gol estava vazio. O jogador deles foi muito feliz. Se tivéssemos trabalhando para retrancar, eu não tentaria ir para frente. Mas eles ganharam e são coisas do futebol.

Mexer no sistema

Vou para o hotel agora, rever o jogo, não podemos nos precipitar. E vamos ver como vamos organizar o meio e ter uma ideia melhor. As coisas dentro do clube são feitas em conjunto com a comissão técnica. Talvez na segunda-feira vocês já tenham uma ideia do que vai acontecer.

Mudanças

Deixa eu chegar no hotel, conversa com o Marcelo, com o Ronaldo, e vamos ver como fica. Se colocamos o Kléber e manteremos o esquema ou se terá mais mudanças.

Thalles

Não deu tempo de conversar com ele, mas claro que tem que matar o jogo. Teve as melhores chances para isso, teve condições de matar a partida e não matou. Mas é bom jogador. Vamos ver. Na próxima ele vem e mata e nos dá alegria.

Fonte: GloboEsporte.com