Petkovic: 'Depois que o Roth saiu, também fui cogitado. Mas deixei claro que não abandonaria o Criciúma'

Terça-feira, 06/10/2015 - 12:14
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Um dia depois de ser demitido do cargo de técnico do Criciúma, Petkovic foi o convidado do Bate-Bola Bom Dia nesta terça-feira e falou sobre vários assuntos. Entre eles, comparou a situação de Flamengo e Vasco, que lutam, respectivamente, pelo G-4 e contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, confirmou que recebeu proposta do time cruz-maltino e avaliou o que, na opinião dele, há de errado no futebol nacional.

De primeira, Pet disse que achava difícil a equipe rubro-negro terminar o Brasileiro na zona de classificação à Libertadores da América. Mas depois, quando ficou sabendo que a diferença do Flamengo, sétimo colocado, para o Santos, quarto, é de apenas dois pontos, deu mais crédito aos cariocas.

"Bom...acho que é difícil o Flamengo chegar ao G-4 porque os times de cima estão jogando bem. Teoricamente, ainda dá. Mas aquele embalo deu uma quebrada. É tão complicado quanto o Vasco se livrar do rebaixamento. Mas o Vasco tem um bom time. Se tivesse ganhado do Avaí, eu diria que as chances seriam 99%", palpitou, para depois completar. "Pensei que a diferença do Flamengo para o G-4 fosse maior. Se são só dois pontos, isso não é nada em nove rodadas."

Perguntado sobre se foi chamado para treinar o Vasco em meio a tantas trocas de técnico, Petkovic confirmou a oferta. "Falaram no meu nome e no do Celso Roth. Mas pintou o Criciúma e eu fui. Depois que o Roth saiu, também fui cogitado. Mas deixei claro que não abandonaria o Criciúma", contou. "Também fui procurado por outros clubes da Série-A", revelou.

O ex-meia sérvio também criticou a cultura e a legislação do futebol brasileiro, quando foi questionado sobre a instabilidade no futebol carioca nos últimos anos. "É cultura. Muita política. Não só no Rio de Janeiro. A regulamentação do futebol brasileiro não ajuda. Os clubes tem CNPJ diferenciados, e não igual o de qualquer empresa; podem deixar de pagar impostos e salários para depois resolver na justiça; não há limite no número de inscrição de jogadores; os técnicos podem trabalhar no mesmo time no mesmo ano. Precisa de planejamento e leis rigorosas. Mas acho que está melhorando", finalizou.

Fonte: ESPN.com.br