Em entrevista, Fernando Horta fala sobre seus projetos para o Vasco
Quarta-feira, 18/10/2017 - 07:46
Ao nos aproximarmos das Eleições Vascaínas, marcadas para o dia 07 de novembro, vamos todos buscando maiores informações dos candidatos, em busca de um voto mais seguro, correto e com convicção.

Tentando passar ao torcedor e eleitor vascaíno o maior número de informações possível, o Saudações Vascaínas mantém uma série de colunas com a apresentação dos candidatos ao pleito, reunindo para você, leitor deste site, o máximo de informações acerca dos nomes que se lançaram como candidatos e, principalmente, as propostas que cada chapa e grupo político tem para o nosso Gigante e Centenário Vasco da Gama.

Na coluna de hoje apresentamos o candidato Fernando Horta, da Chapa Mudança com Segurança.

Reiteramos, entretanto, que, buscamos e buscaremos com todas as chapas já lançadas as informações diretas, sem qualquer tipo de edição. Portanto, segue abaixo a apresentação do candidato, da chapa e de suas propostas enviadas por escrito através de sua Assessoria de Imprensa para o Saudações Vascaínas:

"SV: Candidato, por favor, se apresente e apresente sua Chapa às eleições vascaínas. Como se tornou vascaíno? Como ingressou na política do Clube? Quem apoiou nas últimas 3 eleições? Para a composição de sua chapa, quantos e quais os principais grupos que demonstraram apoio ao senhor?

A maioria já me conhece. Fernando Horta, presidente da Unidos da Tijuca, Grande Benemérito do Vasco e candidato a presidente pela chapa Mudança com Segurança, que tem recebido apoios importantes como os grupos: Ao Vasco Tudo, Expresso da Virada, Malta do Vasco e Renovação Vascaína.

Nasci em Portugal, cheguei adolescente ao Brasil, em 1965, e logo me tornei vascaíno. Em 1969 adquiri meu primeiro título e desde então sempre frequentei e vivi o clube. Em 1988, com a desistência do candidato que seria da oposição, mesmo jovem, eu me lancei candidato apenas para marcar posição. Hoje agradeço por não ter sido eleito, agora sim, com mais idade e conhecimentos tanto de gestão como de VASCO, posso dizer que estou mais do que preparado para presidir e resgatar o Vasco.

Na última eleição fui convencido a apoiar o Eurico por pessoas que confiava e pela proposta de uma administração compartilhada. Foi o maior erro da minha vida e vou consertá-lo agora. Ajudei a botá-lo lá e agora vou tirá-lo.

SV: Traçando um paralelo com a administração da GRES Unidos da Tijuca, quais seriam as situações parecidas entre a administração na escola de samba e a do Clube? O senhor afirmou em recente entrevista que a Escola de Samba hoje já vive sem sua dependência. Esse modelo de gestão também seria aplicado ao Vasco? Se sim, de quais formas?

Acho que tem muitas semelhanças entre a escola e o Vasco. A primeira é que criamos e valorizamos muito a comunidade. Pouca gente sabe, mas temos um projeto social no Borel que atende crianças e idosos. A parte social é muito forte no Vasco e continuará sendo. Outra semelhança é que lidamos com gente de todas as classes sem distinção, como manda a história do Vasco. Além disso, no carnaval lidamos com artistas, carnavalescos, diretores, cada um com seu ego e temos que gerir isso com sabedoria, assim como faremos dentro do Vasco.

Os resultados da Tijuca não negam que o modelo de gestão vem dando certo. Isso é fruto de muita responsabilidade, trabalho em equipe, delegação de tarefas e conhecimento sobre o meio e de como fazer. Com certeza essa receita será levada para o Vasco. Estou cercado de uma equipe muito competente e da minha confiança, que vai me ajudar a resgatar o Vasco. Sozinho, eu não consigo e nem quero fazer nada, mas um grupo precisa de um líder e esse será o meu papel.

SV: Quais são os pontos principais de sua candidatura? Qual o seu diferencial em relação aos outros candidatos?

O meu diferencial em relação aos dois candidatos é simples. Eu sou VASCO, as pessoas que me cercam são VASCO e sou reconhecidamente um empresário e gestor bem-sucedido. Isso ninguém pode negar ou tirar de mim, está na história. Nenhum deles reúne essas duas características juntas.

Por esse motivo, dentre as que se apresentaram, nossa chapa é a única capaz de promover as reformas que o Vasco precisa sem beijar a mão do Eurico para conseguir. Eu respeito os outros dois candidatos, mas nem eles nem quem está por trás da candidatura deles têm força política para fazer a reforma do estatuto por exemplo, que precisa da aprovação de 2/3 do conselho. Nós temos e vamos fazer.

Além disso, temos projetos para cada área do clube. Quem foi ao lançamento da candidatura pôde presenciar, e isso está sendo divulgado na minha página da campanha e nos canais dos grupos que decidiram me apoiar nesta empreitada.

SV: Por que o senhor se coloca como uma mudança em relação à atual administração, mesmo tendo sido 1o Vice-Presidente da atual administração até o ano de 2017? E qual foi o motivo de seu rompimento e afastamento deste grupo político do Clube?

Eu estou rompido desde meados de 2015. O Eurico, depois que resolveu as primeiras emergências, fechou-se com os filhos dele e alguns vices fieis a ele e não dava voz para mais ninguém. Eu só não rompi antes porque o Vasco viveu em 2015 e 2016 momentos terríveis no futebol e eu não sou e não poderia ser covarde de sair naquele momento e explodir uma crise interna, maior do que a que o clube vivia/vive. Apesar disso, sempre ajudei quando foi preciso, inclusive doando um ônibus pro clube no ano passado.

A diferença minha para o Eurico é muito simples, quando eu falo na primeira pessoa, não é do singular, é do plural. Não temos um projeto de eternidade no poder do Vasco, temos um projeto de eternidade na lembrança do sócio e torcedor pelas coisas que vamos fazer no Vasco. Posso prometer para vocês que honestidade, transparência, abertura política e um Vasco próximo do seu sócio e torcedor vão ser realidade na minha gestão. Além, é claro, de equipes competitivas.

SV: Atualmente, o que o senhor enxerga como principal problema do CRVG e quais são as suas soluções apresentadas para solucioná-los?

O principal problema é que o presidente faz o que quer. O estatuto está defasado e permite alguns absurdos. Isso é a primeira coisa que vamos mudar.

Agora grande parte dos problemas do Vasco é causada diretamente pelo Eurico ou indiretamente pela sua imagem. Tudo vai ficar mais fácil quando ele sair e os sócios, torcedores e as empresas verem que no Vasco vai estar uma equipe extremamente competente, com credibilidade, séria, honesta e transparente, e que o dinheiro deles vai ser realmente investido em prol do clube.

SV: Como tratamos de um clube centenário, com forte apelo social e Patrimônio gigante, quais são as propostas da sua Chapa nesse sentido?

O Vasco tem o maior patrimônio físico do Rio, por ser o único clube a ter estádio. Mas estamos em 2017 e precisamos de mais. O Vasco é vanguarda e não podia ter parado no estádio, por isso vamos fazer o CT.

Também pretendemos construir um museu interativo e resgatar a vida social do Vasco, trazendo o convívio entre os sócios novamente como rotina. Por isso daremos atenção às sedes da Lagoa e do Calabouço para oferecer eventos e serviços atrativos.

Resumindo, é dizer que o patrimônio vai ser cuidado e ampliado. Mas isso é obrigação, serei presidente e não apenas sindico como o Eurico está sendo. O torcedor vai encontrar São Januário e as sedes conservadas e ABERTAS.

SV: Em relação à Vida e Saúde Financeira do Clube, quais seriam as soluções e propostas a curto, médio e longo prazos para que o Clube volte a ter força, principalmente em relação ao Futebol? Qual será a postura em relação à divulgação das contas do Clube? Teremos mais transparência?

Toda e qualquer mudança ou melhoria de que uma grande instituição precisa passa pela saúde financeira de seu caixa, e a responsabilidade com esse caixa será obrigação em nossa gestão. Em meu plano de gestão, que está sendo compartilhado com todos ao longo da campanha, estudamos a implantação imediata de uma política de redução de custos baseada em processos tecnológicos e inovadores e, numa outra ponta, trabalharemos duro para o aumento de receita oriunda das variadas fontes possíveis. Não podemos ficar reféns de contratos de TV como fonte de sobrevivência. Dá para alavancar recursos e vamos fazê-lo.

Claro que o que citei acima possui força de impacto positivo no futebol, pois, quanto mais se economiza, inovando o que eram processos arcaicos, mais sobram recursos para investir em nosso plantel e estrutura.

Mais ainda, se existe uma ponta comercial competente para angariar recursos, esse é o ‘melhor dos mundos' para qualquer gestor.

É nosso compromisso fazer tudo isso da forma mais transparente possível, portanto, inseri no plano de gestão a criação de uma aba específica no site oficial do VASCO para os dados de transparência. Não quero nada obscuro ou que coloque em dúvidas a capacidade de gestão minha ou da equipe que trabalhará duro comigo.

SV: Há algum plano, em relação ao futebol, que passe por suas divisões de base? Pensa em implantar (ou mesmo seguir, se já tiver implementado) algum modelo único para todo o clube, desde as categorias mais inferiores?

Sim. Hoje em dia é essencial o clube ter uma metodologia de trabalho desde a base. Isso facilita na formação e na adaptação do atleta para chegar ao profissional.

SV: Com a Lei Pelé, os esportes amadores foram tomados por agentes. Dessa forma, o poder sai das mãos do Clube e passa para um terceiro. Qual será a política adotada para contornar esse problema?

Hoje todo atleta de um clube grande desde os 10, 11 anos de idade já tem um representante. É preciso deixar isso claro, não é o clube que oferece o jogador para um empresário. Eles assistem aos jogos, abordam a família e fecham com o jogador. A partir daí começa a relação do clube com ele a cada renovação de contrato e numa futura venda. A gente não pode impedir que um jogador assine com algum representante, o que se pode prometer é que vai ser contratado e jogar quem é melhor, quem se encaixa no esquema e quem tem o perfil e respeita a camisa do Vasco. Para estar aqui, vai ter que ser bom e não ter um empresário influente.

SV: Como será a relação do Vasco com os empresários na sua administração e o que o senhor fará de imediato para cortar as amarras existentes hoje?

A relação vai ser normal, eles vão buscar o melhor pro cliente, e nós, o melhor pro Vasco. Se não for bom pro Vasco, não tem negócio.

Em relação às amarras, vamos ver o que está pendente e programar o acerto com qualquer empresário de jogador. Um empresário não pode ser um credor do clube, isso é conflito de interesses. Agora se a dúvida era sobre porcentagens, a FIFA hoje proíbe que terceiros tenham parte de um jogador, então naturalmente todos os jogadores devem ser ligados 100% ao Vasco.

SV: Os demais esportes do Clube (basquete, futsal, atletismo, natação e remo, principalmente) terão espaço na sua Gestão, caso seja eleito? Quais seus principais planos?

Sem dúvidas. São esportes enraizados no Vasco, tradicionais e que têm o carinho do torcedor. O Vasco é o maior clube olímpico do Brasil, não vamos abandonar essa vertente.

Vamos investir no marketing, tendo uma área focada nos esportes olímpicos. Também vamos investir muito em projetos incentivados para que esses esportes possam se sustentar e assim termos melhores condições de estrutura e equipes mais competitivas. Também vamos criar um plano de incentivo do próprio torcedor, que pode escolher um ou mais esportes para patrocinar e ter um pequeno acréscimo em sua mensalidade.

Nós enxergamos o VASCO como clube e não apenas um time de futebol.

SV: Sabe-se que hoje, a política de "Sócio-Torcedor" alavancou as finanças de diversos clubes. Qual o modelo que gostaria de implementar? Há algum modelo presente que seja um norteador para sua chapa? E qual a formatação de projeto para trazer o sócio-torcedor de fora do RJ para "perto" do Clube?

Despindo-nos de vaidades, minha equipe e eu chegamos a um entendimento de que o programa de sócios atual do VASCO foi estudado, desenhado e colocado em prática por ótimos profissionais. O programa de benefícios e fidelidade proposto no plano atual é coerente, bem como seus valores e características que estão alinhados com outros grandes clubes do Brasil.

O que o programa de sócios atual não faz é aproximar o torcedor de tudo o que se entende como clube. O torcedor não pode ficar refém de partidas oficiais para ter garantida a sua participação e é preciso que haja o compromisso, desde já, para a garantia diária desta participação, seja visitando as instalações ou participando de decisões internas importantes.

Meu compromisso para com o sócio torcedor é a abertura democrática e participativa de tudo o que envolve o ambiente do VASCO e seu constante aprimoramento, a participação nas tomadas de decisões, uma interação maior entre eles, visitações às sedes, abertura de um calendário social ativo, entre outras. A criação da Casa do Gigante, que é um de nossos compromissos primordiais, é exemplo dessa aproximação.

SV: As torcidas organizadas são um assunto bastante controverso. Muitos apoiam, já outros (MP inclusive) veem tais organizações como facções criminosas. Qual a sua posição quanto ao assunto? Como será a relação do clube com elas, caso o senhor vença as eleições de 2017?

Nossas torcidas têm uma história linda. Temos o maior símbolo de torcedora organizada, a eterna Dulce Rosalina. Sabemos que as torcidas dependem do VASCO, e o VASCO depende da sua torcida. Por isso, é preciso definir desde já qual o tipo de relação que minha diretoria terá com as tais. Deixar de equilibrar essas relações é ir contra a nossa própria história! Para quem não se lembra ou não sabe, foi a torcida do VASCO quem criou o primeiro conceito ‘organizado' de torcer.

Nossa primeira ação para que este equilíbrio aconteça é uma proposta baseada em alguns clubes que já a implementaram e mostraram que pode dar certo, a qual é a criação de um núcleo específico dentro do setor de Comunicação para lidar com a torcidas organizadas, principalmente no que tange às comissões de festas e materiais.

Quero deixar bem transparente para o torcedor em geral qual a relação do VASCO com as torcidas organizadas e proporcionar que essa relação tenha os limites necessários para benefício de ambas as partes. Ter alguém que fale a mesma língua e entenda esse mundo para atendê-los é, na minha visão, algo positivo e que viria ajudar no resgate do IDEAL para o qual essas torcidas foram fundadas.

SV: Sabemos que hoje, as eleições no Vasco são marcadas por falta de transparência e acusações de todos os lados sobre sua credibilidade. O que a sua administração pretende implementar para que, nas próximas eleições, o clube fique menos refém de manipulações e fraudes e que o candidato vencedor possa realmente representar a vontade de quem ama o Vasco da Gama?

Já estamos trabalhando nisso para esta eleição. Estamos buscando impugnar sócios que entraram por meio de um novo mensalão. Cerca de 1.200 pessoas que foram colocadas lá para reeleger o Eurico.

Mas, com a minha vitória, duas medidas vão acabar com essa prática terrível:

O recadastramento e atualização da lista de sócios. De forma transparente e sem transtornos ao sócio.

Além disso, vamos incentivar bastante o Vascaíno a ser sócio. E, com um quadro grande de associados, fica muito difícil alguém tentar um novo mensalão.

Outro ponto que vai dificultar isso é uma mudança no estatuto propondo que as eleições sejam diretas. A decisão do sócio deve ser soberana.

SV: São Januário receberá atenção especial? Seus projetos passarão por modernização e ampliação? Especifique-os, por favor. Os recursos para remodelação de São Januário viriam de alguma grande parceria? Em quais moldes seria firmada essa parceria?

São Januário é o maior símbolo do que é ser vascaíno. É o símbolo das nossas lutas, das nossas vitórias, faz parte da história do esporte e do Brasil. É claro que vai receber atenção especial e vai estar sempre preservado e bem cuidado. Pensamos em algumas obras de emergência e outras que serão impostas pela CBF.

No entanto, sabemos da realidade financeira do clube, então não podemos prometer que vamos reformá-lo nesta gestão. Não estamos aqui para iludir o Vascaíno. Não estamos aqui para vencer com estelionato eleitoral. O que eu posso dizer sobre a reforma de São Januário se resume em uma palavra: Oportunidade. Estaremos sempre atentos e em busca de uma boa oportunidade para viabilizar isso. Por exemplo, conversamos com os arquitetos do Novo Complexo São Januário, tem muitas coisas boas e aplicáveis ali que vão estar sempre no nosso radar.

De qualquer forma, mesmo fazendo investimentos em São Januário, não abandonaremos o Maracanã. Grandes jogos e clássicos têm que ser jogados ali também. O Maracanã é um ponto turístico do Rio e não podemos excluir o Vasco dali.

SV: Há projeto para Centros de Treinamento dos Esportes Amadores, Divisões de Base e Futebol Profissional?

O CT para o futebol vai ser feito e nele podemos pensar em instalar estrutura para outros esportes. Como disse ao longo da entrevista, não fazemos estelionato eleitoral.

A sorte de outros candidatos é que o PowerPoint não tem vontade própria. Apenas aceita, o que é colocado ali. Se tivesse, ia se recusar a expor tanta bravata como em algumas apresentações que eu já vi.

Quando entrarmos, vamos fazer tudo da forma mais transparente, abrir processo licitatório e montar o melhor projeto logística e financeiramente para o Vasco.

SV: Como nosso Estatuto vigente é muito antigo, há alguma ideia e/ou projeto de reformulação? O senhor é adepto do clube-empresa, nos moldes dos clubes europeus? Por que?

Converso com muita gente, muitos vascaínos e faço questão de dizer que, ao me mostrar ser a ponte de transição do VASCO atual para o VASCO do futuro, preciso me comprometer a me aprofundar e propor alterações significativas no documento que norteia as tomadas de decisões dentro do clube, que é o estatuto. Não podemos pensar num VASCO para os próximos anos sem pensarmos na renovação do estatuto, tornando-o mais aberto e democrático. Contarei com todos para isso e me sinto confiante em saber que possuímos o número necessário no conselho para realizar essas mudanças de maneira transparente.

O VASCO não pode ser tratado como uma mera empresa, pois não é, mas isso não quer dizer que o gestor ou o líder que esteja à frente do clube não deva utilizar processos e metodologias que dão certo na maioria das empresas bem-sucedidas do mundo. O que toda organização precisa para dar ou continuar dando certo é de responsabilidade, honestidade e competência por parte de quem as lidera.

SV: Por que Fernando Horta em relação aos demais candidatos?

Pode parecer falta de humildade, mas quem me conhece sabe que não é. São 3 pontos principais: Minha vida no Vasco, minha força no Vasco e minha vida profissional.

Vejo os torcedores com anseio de um gestor: Eu sou e sei lidar com comunidade, ego, artistas. Tenho diversos empreendimentos, todos bem-sucedidos, e isso é fruto de muito trabalho.

São mais de 52 anos de Vasco, 48 como sócio, sou Grande Benemérito, conheço o Vasco, sua cultura e sei o que precisa mudar e tenho força no conselho para mudar. Essa união com o Otto só demonstrou que teremos um ótimo trânsito com todos os poderes do clube.

Com todo o respeito aos outros candidatos, nenhum dos dois tem isso. E nem quem está por trás das suas campanhas.

Por isso eu digo que sou o único candidato que pode derrotar o Eurico.

SV: Em uma possível união entre as chapas de oposição em relação ao atual mandatário, o senhor aceitaria ser o "cabeça da chapa" na eventual coalisão? E se outro nome for o escolhido, haveria alguma imposição de sua chapa? Com quem o senhor você previamente não faria uma aliança?

Veja bem, pela minha história no Vasco e de vida pessoal e profissional, com todo o respeito aos outros candidatos, penso que o mais preparado para assumir a presidência do Vasco sou eu. O Otto, que também tem uma historia dentro do Vasco, entendeu, se despiu de qualquer vaidade e veio somar esforços para derrotarmos o Eurico. Os outros dois candidatos de oposição ainda precisam trilhar um caminho maior dentro do Vasco. Pegar experiência e vivência dentro do clube. Estou pronto para propiciar isso a eles e aberto ao diálogo. Se houver uma boa razão para que o candidato a presidente seja um deles, podemos avaliar, mas até o momento não consegui ver uma razão para isso.

Tenho a vida construída. Não preciso do Vasco financeiramente pra nada. Quem tiver ao meu lado na administração do clube vai ter espaço para mostrar seu trabalho e, quem sabe no futuro, mais preparado, assumir a cadeira presidencial.

SV: No lançamento de sua chapa, pareceu haver um conclame para que os grandes vascaínos se unam em torno do resgate do Clube, unindo os grandes nomes da velha guarda e a juventude. Haverá nessa composição, alguma forma de acordo para alternância de poderes ao longo de futuras administrações, de modo a evitar a perpetuação de um único nome no clube, assim como ocorre hoje?

Isso é um compromisso meu. O Vasco precisa se renovar, mas sempre com base na sua essência e honrando a sua raiz. Eu fui candidato por necessidade em 88, com 30 e poucos anos e hoje dou graças a Deus por não ter sido eleito. Eu não estava preparado. A gente, de cabeça branca, conhece o Vasco e tem conhecimento aqui dentro e fora para resgatar o clube da situação terrível em que está. Mas só conseguiremos isso se houver a participação dos jovens e a renovação do quadro social. Não temos um projeto de poder, não temos um projeto de eternidade, muito pelo contrário, queremos que novos sócios entrem, mais jovens se engajem na política do Vasco, conheçam o clube, para que possam em breve estar no comando."

Deixamos aqui para você, torcedor e eleitor vascaíno o espaço aberto para ler, debater e efetivamente buscar seu voto mais consciente e correto para o Gigante Vasco da Gama.

Na sequência, apresentaremos todas as demais chapas, com candidatos e propostas até a data da eleição.

Buscaremos, ainda, entrevistas diretas com TODOS os candidatos, aprofundando as propostas e os diferenciais que cada chapa tenha para que tenha seu voto e sua predileção, caro vascaíno.



Fonte: Saudações Vascaínas (texto), Facebook Presidente Fernando Horta (foto)