Vasco sofreu com bola aérea, deu espaços na defesa e produziu pouco no ataque contra o Jorge Wilstermann
Quinta-feira, 22/02/2018 - 11:31
O Vasco foi para a Bolívia com uma grande vantagem na mão, e traçou sua estratégia em cima disso, ainda mais jogando na altitude de 2.800 metros de Sucre. Principalmente nos primeiros minutos, a equipe se poupou, só deu chutões e viu o Jorge Wilstermann abrir 3 a 0 rapidamente em gols com bolas levantadas na área. Tática conhecida, mas eficiente. No segundo tempo, mais um gol de cabeça sofrido: 4 a 0. O jeito foi contar com Martín Silva.

Na disputa de pênaltis, o uruguaio defendeu três cobranças e garantiu a classificação para a fase de grupos.

Bola aérea, o terror vascaíno

A ideia de Zé Ricardo era escalar uma zaga alta e experiente para jogar na altitude, mas a suspensão de Erazo em cima da hora fez o técnico manter a dupla Paulão e Ricardo, que tiveram problemas na marcação das bolas aéreas. Foi assim que o Jorge Wilstermann fez seus gols, com Zenteno (duas vezes), Pedriel e Chávez.

Até então, o Vasco não havia sofrido gols na competição e marcado dez vezes.

- Viemos conscientes que seriam verticais, como foram, usando bolas aéreas. São mais altos que a gente. O gol muito cedo tirou nosso equilíbrio. Jogamos muito pouco o primeiro tempo. No segundo tempo, equilibramos, mas eles chegaram ao quarto gol. É Libertadores. Eram dois jogos e o mais importante é que passamos para a fase de grupo - disse o treinador.

Lado direito da defesa fica vulnerável

Desde o jogo em São Januário, o Jorge Wilstermann entendeu que Pikachu é forte no ataque mas deixa muitos espaços na defesa. Foi ali que o brasileiro Serginho construiu algumas das principais jogadas dos bolivianos. Wagner teve dificuldades na recomposição. Na segunda etapa, Zé Ricardo inverteu Wagner e Paulinho de lados e o setor ficou um pouco mais equilibrado.

Ataque pouco acionado

Como boa parte do tempo o Vasco jogou na base dos chutões, Ríos ficou muito isolado na frente correndo atrás de bolas perdidas. Paulinho foi quem mais arriscou, mas não conseguiu ter uma chance clara de marcar. Evander tentou cadenciar bastante o time, mas a produtividade foi baixa. Seu melhor lance foi uma bomba de fora da área defendida com dificuldade pelo goleiro Giménez.

Já perto do fim, Zé Ricardo lançou Riascos no lugar de Paulinho e manteve Ríos. A produtividade, no entanto, não melhorou. Quem conseguiu alguns bons lances individuais foi Rildo.

Thiago Galhardo deixa o time com um a menos

O meia entrou no segundo tempo e ficou em campo apenas 15 minutos. Fui expulso por cair na catimba de Serginho e acertar uma bolada no meia brasileiro do Wilstermann na frente do árbitro.



Fonte: GloboEsporte.com