VIRADA FANTÁSTICA: E o Vasco é campeão (Jornal do Brasil) Time perdia de 3 a 0, mas reagiu, calou o Parque Antártica e alegrou sua torcida com título da Mercosul Qualquer definição para a conquista de ontem do Vasco não seria suficiente para descrever o que aconteceu no Parque Antártica. O Vasco perdia a decisão da Copa Mercosul por 3 a 0. No intervalo, o time deixou o campo cabisbaixo e desacreditado. Mas a força de Romário, de Juninho Paulista e de um time de guerreiros promoveu uma das mais belas viradas vistas numa decisão: em 45 minutos, com três gols do Baixinho e um do pequenino craque, o Vasco virou para 4 a 3, conquistou o título inédito, quebrou o jejum de 20 meses sem títulos e acabou de vez com a chamada síndrome do vice, que insistia em atrapalhar os planos do clube e incomodava seus torcedores, que desabafaram: ''Vice é o c...''.Com a conquista, o Vasco recebe US$ 3 milhões da organização da competição. O dinheiro, entretanto, não é nada perto da alegria do título, que hoje vai ser comemorado em preto e branco pelas ruas do Rio de Janeiro. Com seus três gols, Romário, a estrela da companhia, chegou a 64 marcados pelo Vasco na temporada, deixando para trás o recorde de Roberto Dinamite, de 61 gols. O jogo começou muito ruim para o Vasco. o Palmeiras, melhor, partiu para cima em busca do gol, enquanto os vascaínos só se defendiam e, quando tinham a bola nos pés, erravam muitos passes. Para se ter uma idéia da falta de eficiência do Vasco, seu primeiro chute a gol só aconteceu aos 27min do segundo tempo. Num contra-ataque puxado por Juninho Paulista, a bola acabou nos pés de Romário, que bateu forte, de fora da área, para boa defesa de Sérgio. Três sustos - O Palmeiras respondeu em seguida: Clebson perdeu uma bola na intermediária e ela sobrou para Tuta, livre. Só que o atacante se enrolou, demorou a chutar e acabou abafado pelo zagueiro Odvan. O vascaíno que achou que Clebson fez uma grande besteira no lance anterior, nem imaginava o que estava por vir. Aos 34min, Arce cobrou um córner pelo alto e o zagueiro Júnior Baiano, ao sentir que não alcançaria a bola, bateu com a mão nela, como num jogo de vôlei. Pênalti claro, infantil e inexplicável, que Arce cobrou bem: 1 a 0. O erro de Júnior Baiano enervou o Vasco. E a situação, que já não estava boa, piorou dois minutos: Magrão fez boa jogada pelo meio, rolou para Tuta chutar, Helton defendeu e, no rebote, o mesmo Magrão mergulhou para fazer, de cabeça, 2 a 0. Festa palmeirense. Desespero vascaíno. O experiente time de Romário não mostrava nenhum poder de reação. E o pesadelo ganhou tons ainda mais dramáticos. Aos 44min, Tuta, que já havia perdido duas boas oportunidades, teve a terceira ao seus pés e não perdoou: num chute colocado, fez 3 a 0. No intervalo, os jogadores do Vasco deixaram o campo desnorteados. A derrota parecia iminente e a reação improvável. Na volta, Joel trocou o cabeça-de-área Nasa pelo atacante Viola. E o time, na base da vontade, melhorou. Aos 7min, poderia ter feito seu primeiro gol, mas o árbitro Márcio Rezende de Freitas não viu um pênalti claro de Fernando em Euller. Aos 14min, no entanto, o mesmo Fernando derrubou Juninho Paulista na área. Dessa vez, o árbitro deu. E Romário marcou, diminuindo: 3 a 1. Time da virada - O jogo ficou tenso. O Vasco melhorou. E, aos 23min, num outro pênalti, de Arce em Juninho Paulista, Romário diminuiu para 3 a 2. Foi a vez do Palmeiras ficar assustado e abatido. A torcida tentava empurrar os jogadores, mas o Vasco tomou as rédeas da partida. Aos 33min, quando o gol carioca parecia bem próximo, Júnior Baiano fez nova besteira: num lance desnecessário, fez falta em Flávio e, por já ter cartão amarelo, foi expulso. Mas o Vasco não se entregou. Liderado por Juninho Paulista, reeditou o time da virada de antes e chegou ao empate de forma heróica: aos 41min, o pequenino jogador teve a chance do empate e não perdeu: 3 a 3 e festa vascaína. Se o empate foi bom, a vitória foi ainda melhor. Aos 48min, quando todos aguardavam uma decisão por pênaltis, o craque Romário, no lugar certo e na hora certa, aproveitou uma bola desviada da defesa para fazer o gol da vitória, do título e da alegria. E começava a festa vascaína Brasil afora. |
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