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Histórias polêmicas, curiosas, emcionantes, divertidas. Desde 1898, atletas, treinadores e dirigentes do C. R. Vasco da Gama vêm protagonizando desde passagens sobrenaturais até momentos de impagável humor. Conheça aqui uma parte destas histórias. Algumas delas, clássicas; outras, absolutamente inéditas.

Imagine um jogador do Vasco marcar um gol e receber, como agradecimento da torcida, uma tremenda surra. Foi exatamente o que aconteceu no dia 3 de maio de 1916, no primeiro jogo oficial do Vasco. Adão Antônio Brandão, marcador do único gol vascaíno na derrota por 10 a 1 para o Paladino, ao retornar à sede do Clube após o jogo foi cercado por alguns remadores do Clube que, descontentes com o humilhante resultado, encheram-lhe de sopapos.
Poucos jogadores deram mostras tão explícitas de amor ao Vasco quanto Alfredo II (lê-se Alfredo Segundo), jogador que no entanto é quase desconhecido pelas gerações mais novas de torcedores. Jogador raçudo e eficiente, era o "coringa" do time na época do Expresso da Vitória. Depois de mais de uma década defendendo a camisa cruzmaltina, Alfredo II recebeu o passe livre. O Flamengo rapidamente contratou-o, pois sabia tratar-se de um ótimo jogador. Contrato assinado, Alfredo recebeu a camisa rubro-negra para treinar. Na hora de vesti-la... não conseguiu. E acabou voltando para o Vasco, onde encerrou a carreira.
Que Vasco e Flamengo nutrem um pelo outro a maior rivalidade clubística do Rio de Janeiro, todo mundo já está cansado de saber. O que muitos não sabem é que esta rivalidade começou exatamente no dia 12 de agosto de 1900, ou seja, ainda no século XIX. Tudo porque, com o barco "Visão", o Vascão venceu, no Remo, um páreo chamado "Club de Regatas Flamengo", coincidentemente a primeira prova da história esportiva brasileira que homenageava o clube da Gávea. Desde então, o Flamengo não tem pensado em outra coisa senão derrotar o Vasco...
No dia 3 de agosto de 1999, o Vasco enfrentou o Nacional do Uruguai em São Januário, pela Copa Mercosul. Era o primeiro jogo de Viola em São Januário desde sua contratação em meados de julho. O jogo estava 0 a 0 quando o técnico Antonio Lopes tirou Viola, atacante, para colocar Alex Oliveira, meio-de-campo, aos 25 minutos do 2º tempo. A torcida não pestanejou: protestou contra a substituição da maneira clássica, chamando o técnico de "burro". Só que Alex Oliveira acabou fazendo o gol da vitória em bela jogada individual, aos 47 minutos do 2º tempo. Arrependidos, alguns torcedores correram para perto do banco do de reservas do Vasco e, para espanto de Lopes, tentaram se redimir gritando: "Inteligente, inteligente!"
No dia 7 de setembro de 1999, o vascaíno Juninho tornou-se o primeiro jogador de toda a História do Futebol a disputar duas partidas em dois países diferentes, em um mesmo dia. Convocado para a Seleção Brasileira, ele entrou no 2º tempo do amistoso Brasil 4 x 2 Argentina, disputado em Porto Alegre (RS), jogando cerca de 15 minutos. Terminado o amistoso, ele pegou um avião para Montevidéu e, após um vôo problemático, ainda chegou ao Uruguai a tempo de entrar no 2º tempo do jogo Nacional x Vasco, pela Copa Mercosul. Só que, apesar de todo o esforço do nosso "Rei", ele não pôde evitar a derrota do Vasco por 3 a 0 para o time uruguaio.
Alguém pode imaginar Roberto Dinamite tendo seu nome gritado pela torcida em São Januário, preparando-se para bater uma falta... mas contra o Vasco? Não, isso não é um pesadelo, aconteceu de verdade no dia 21 de outubro de 1989. Desprestigiado pela diretoria do Vasco, Roberto foi para a Portuguesa-SP a convite de seu então técnico Antônio Lopes. No dia do tão esperado Vasco x Lusa, a torcida vascaína, generosa que é, cobriu o ídolo de elogios e, quem sabe, até teria comemorado se ele tivesse feito um gol no Vasco. O jogo terminou 0 a 0. O Vasco foi campeão brasileiro naquele ano e Roberto terminou como terceiro artilheiro do campeonato, com 9 gols.
Quem mora no Rio de Janeiro e/ou acompanha o futebol carioca a fundo sabe que o São Cristóvão, simpático clube da Zona Norte do Rio e vizinho do Vasco, é detentor de um título carioca. Porém, poucos sabem que esse título foi conquistado de uma maneira no mínimo suspeita. Terminada a última rodada do Campeonato Carioca de 1926, o Vasco era o líder tinha um ponto a mais que o São Cristóvão. Só que um jogo Flamengo x São Cristóvão, disputado meses antes, havia sido anulado e teria de ser disputado de novo. O Flamengo, já em 5º lugar na tabela e longe da disputa, se vencesse ou empatasse com o "São-cri-cri" daria o título ao Vasco. Adivinhem o que aconteceu? Isso mesmo: São Cristóvão 5 x 1 Flamengo. São Cristóvão campeão, Vasco vice. Estranho, não?

 

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