O Gigante das quadras terá um novo comandante neste ano: Jonhny Alves, que é bem conhecido no cenário do futsal carioca, e vem de um trabalho nos EUA. Ney Pereira, que comandou a equipe em 2024, passará a ser coordenador técnico.
Não será a primeira passagem de Jonhny pelo Vasco, clube que já treinou e conquistou diversos títulos nas categorias de base. Agora mais maduro e com mais experiência, retorna ao Cruzmaltino. Acompanhe abaixo a entrevista exclusiva com o novo treinador:
O que motivou a decisão de assumir o cargo de treinador do Vasco?
"É assumir o Vasco, né?! É uma motivação que qualquer treinador, quando recebe o convite do Vasco, tem que avaliar com muito carinho. E eu tenho uma história muito legal com essa camisa, com o clube, com as pessoas que estão aqui. Então, as expectativas são as melhores possíveis."
Quais as primeiras impressões da estrutura e do projeto do futsal no clube?
"É muito bom a gente estar caminhando para ter uma estrutura muito legal. Sabemos que não se constrói tudo da noite para o dia. O Vasco Futsal está há um ano no cenário, mas a gente já viu uma evolução muito grande do ano passado para esse ano. Sentimos muito que todo mundo está sempre buscando melhorias de estrutura para nós, para facilitar nosso trabalho."
Como você avalia o elenco atual? Há planos para mais reforços ou alguns ajustes?
"Quando eu aceitei, já haviam sido acertadas algumas contratações. A gente teve um treino só de avaliação, mas já estudei alguns atletas. Fizemos uma análise de perfil, características e tudo o que queremos como jogo. Agora também temos que nos adaptar um pouco ao perfil dos jogadores no elenco. E devem chegar mais contratações. Precisamos de algumas peças para fazer o encaixe de jogo que pretendemos ter nesta temporada. Mas a gente tem um elenco bem interessante. Então acho que estamos caminhando para ficar numa coisa bem legal e bem próxima do que queremos."
Quais as principais metas da temporada?
"Fazer o Vasco vencer todos os jogos. Todos os jogos. Essa é a grande meta. Não tomar gols, jogo a jogo. Todo jogo é uma final. Esse esporte pede isso. Eu não posso pensar em ser campeão sem antes vencer o jogo da competição que começa na próxima semana. O jogo mais importante é sempre o próximo. Trabalhar, trabalhar, trabalhar e potencializar os jogadores. Acho que o meu principal objetivo sempre foi, como treinador, fazer com que cada jogador meu cresça mais, mais, mais e mais. E viver cada jogo como se fosse uma final. Esse é o caminho."
Qual o estilo de jogo que pretende implementar no Vasco?
"Quem conhece um pouquinho do nosso trabalho, sabe que eu gosto de ter a bola, não gosto de abdicar dela. Precisamos de tempo para conseguir fazer com que todos os jogadores assimilem e façam com maestria. E cada jogo é um jogo. Cada adversário é um adversário. Para vencer cada adversário é uma estratégia diferente. É uma forma diferente. Eu sempre digo: o ideal é a gente estar preparado para tudo. Então, essa é a grande filosofia do meu trabalho: estar preparado para tudo. Mas num resumo simplificado do que é a filosofia do Jonhny, é ter a bola, é competir para car**** e não dar espaço para o adversário."
Quais características você considera fundamentais em um time vencedor de futsal?
"Entendimento do jogo! Entendimento do que aquele jogo está pedindo e competir. Eu acho que são os primeiros passos para uma equipe vencedora. E não tem como não incluir também, um ambiente bom de trabalho."
Como você planeja adaptar sua filosofia ao perfil dos jogadores disponíveis?
"Eu tenho uma teoria que é a seguinte: eu acho que a gente sempre consegue se adaptar um pouco ao que o jogador tem como característica e perfil, e fazer também com que ele possa crescer e desenvolver um pouquinho do que a gente acredita que é para o jogo. Isso demanda um pouco do querer do atleta e um pouco de tempo."
Quais serão os principais focos durante os treinamentos iniciais?
"Se eu falar demais, o adversário fica feliz, né?! (risos)"
Como você planeja trabalhar o desenvolvimento dos jovens atletas do clube?
"Eu sou uma das pessoas aqui que, nos bastidores, desde quando estive no Vasco, sempre debati muito isso. A formação é a forma mais fácil de você reforçar o seu time para a temporada, né?! Eu penso que quanto mais a gente conseguir consolidar a nossa forma de jogar, o nosso DNA Vasco, mais fácil a base trabalha, mais fácil os garotos da base chegam e conseguem ajudar a gente."
Quais são suas estratégias para manter o grupo motivado durante a temporada?
"Já foi falado sobre o quão importante é ter um bom ambiente de trabalho. De novo, se eu falar muitas coisas aqui, o adversário pega um pouquinho, mas eu acho que por si só, o estar no Vasco, ele tem que ser uma motivação. Estamos em um lugar que muitas pessoas gostariam de estar, que é um time de camisa, uma torcida apaixonada."
Como você enxerga a tradição do Vasco no esporte e a responsabilidade de representar essa camisa?
"O Vasco tem uma história muito interessante. Em 2000, foi campeão com uma geração, com alguns atletas que marcaram o futsal no cenário nacional e mundial. E como falei aqui na nossa apresentação, a minha ideia, o meu ideal é vir para fazermos história. Tenho essa ambição, aceitei o desafio com essa ambição."
O que a torcida vascaína pode esperar do time neste ano?
"A certeza que a gente vai ter um time que vai competir pra car****! Quem tiver em quadra vai competir! Não tem outra opção. E em termos de resultados, como já falei, o que a gente quer é vencer todos os jogos e vamos trabalhar para isso, esse é o meu principal objetivo. Mas a gente não controla 100% o que se passa no jogo. Mas de certeza, é muita entrega, isso aí é certeza absoluta. Vai ser um time que vai competir muito e cada vez mais, com mais tempo de trabalho, um time mais organizado, um time mais preparado, um time com mais entendimento do que aquele jogo vai pedir. É o caminho que a gente está planejando."
Como você vê o cenário do futsal atualmente?
"No cenário estadual a gente vê também outras equipes fazendo um trabalho muito legal, se preparando, se estruturando. E ficamos felizes. Porque o nosso estado precisa disso. Ninguém cresce sozinho. A rivalidade, se a gente olhar pelo lado positivo da coisa, ela é boa para todos! Todo mundo cresce junto e é bom para outras gerações, para o futuro do esporte. No cenário nacional, muito feliz por termos o Campeonato Brasileiro, pelo nível que está de crescimento. Vemos que o mercado para jogadores está se expandindo, tendo um crescimento, e não só nacionalmente, como mundialmente."
Como você planeja competir com outros clubes que também investem forte no futsal, às vezes até mais forte que o Vasco?
"Trabalho. Não tem outra forma. Trabalho. Sabemos onde estamos, as dificuldades que temos. E não tem outra palavra, é trabalho."
O novo comandante terá pela frente cinco competições em 2025: Carioca, Estadual, Brasileiro, Copa do Brasil e Taça Brasil.
Fonte: Site oficial do Vasco