Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Felipe após Vasco 0 x 1 Palmeiras
Domingo, 04/05/2025 - 19:46
O técnico interino Felipe disse que gostou da atuação do Vasco, mas saiu de Brasília insatisfeito com a derrota por 1 a 0 contra o Palmeiras, neste domingo, no Mané Garrincha. O técnico disse que o resultado foi injusto para o que o Vasco criou no jogo.

— O jogo foi muito parelho. Criamos muitas oportunidades, mas não conseguimos reverter. Jogamos de igual para igual contra um time que joga junto há cinco anos. Tivemos oportunidade de fazer o gol, mas não fizemos. O resultado foi injusto. Óbvio que estamos tristes pela derrota, mas acho que em pouco tempo de trabalho, sem tempo para treinar, o torcedor viu um Vasco diferente, mais aguerrido, mais Vasco da Gama. Estamos felizes com a atuação, mas tristes com a derrota - analisou Felipe.

Felipe e a comissão técnica do Vasco optaram por poupar Vegetti e Coutinho da partida contra o Palmeiras. Os dois sequer ficaram no banco de reservas da equipe. O técnico interino afirmou que o atacante estava muito cansado com a sequência de jogos.

— A maratona de jogos é muito grande e nas avaliações diárias que a gente fez, a gente viu que o Vegetti estava muito cansado. O Vegetti é um fominha, quer jogar todo jogo apesar de ter 35 anos, e nessa semana ele reclamou bastante do cansaço. Ele até deu uma entrevista falando que precisava descansar um jogo. Realmente, na bola aérea, ele é o melhor do Brasil, é um jogador muito importante, mas da maneira que a equipe jogou e mostrou, isso mostra também que tem outros jogadores que podem ser úteis durante o campeonato.



Esta foi a segunda partida de Felipe como interino no Vasco. Ele foi perguntado sobre a possibilidade de seguir no comando do time e respondeu que estará disponível sempre para ajudar o clube, não importa em qual função.

— Eu sou nascido e criado no Vasco, antes mesmo de fazer parte do futebol, eu ajudei o Vasco na parte associativa, no Paralímpico, enfim, independente da função, vou estar sempre para ajudar o Vasco — disse Felipe, que completou:

— Se vai ser como treinador, como diretor, como roupeiro, massagista, enfim, o importante é que o Vasco é uma família e a gente está em busca de voltar a grandes conquistas. O processo é demorado, infelizmente, mas a gente está no caminho certo, trabalhando muito dia a dia para que nós possamos ter grandes conquistas.

Ao ser perguntado sobre a utilização de Alex Teixeira e de jogadores da base, Felipe afirmou que o Vasco está de olho em todos os jogadores. Ele afirmou que o meia de 35 anos foi "muito útil" no ano passado, mas que nesta temporada está sem ritmo de jogo.

— No jogo contra o Cruzeiro, tinha quatro meninos da base, se não me engano, cinco meninos na base e no banco. A gente está de olho em todos. É claro que o Alex, ano passado, foi muito útil. Este ano ele ainda está se encontrando, está sem ritmo de jogo. A gente oportunizou ele 20 minutos. Mas, como eu sou oriundo da base, sem dúvida, a oportunidade vai aparecer enquanto menos esperar.

— Hoje foi o Luiz Gustavo, um jogador jovem, um grande zagueiro. Entrou com muita personalidade, deu conta do recado. Enfim, o recado que vai é ter certeza que com essa maratona de jogos a oportunidade vai aparecer para a molecada.

O Vasco sai de Brasília e vai para a Venezuela, onde enfrenta o Puerto Cabello na quarta-feira, às 19h, pela quarta rodada da fase de grupos da Sul-Americana. A equipe se manteve na parte inferior da tabela no Brasileirão, com apenas sete pontos em sete rodadas.

Veja a análise de Felipe sobre a partida

Gosto amargo— Acho que a gente fica com um gosto amargo, porque realmente o Vasco fez uma bela apresentação diante de uma equipe muito qualificada, que já tem um conjunto de jogadores há bastante tempo. Em relação à saída de bola, a gente conseguiu sair inúmeras vezes jogando. Infelizmente uma tomada de decisão na saída de bola resultou no gol do adversário, mas até o gol, o Vasco mostrou a sua qualidade, uma maneira de jogar totalmente diferente do que vinha jogando.

Pouco tempo de treino— Mas o mais importante é que os jogadores estão conseguindo assimilar, apesar de pouco tempo para treinar e poucos dias desde que eu assumi, mas estamos muito chateados pela derrota. Acho que a gente não tem que ficar acostumado com isso. É importante a gente corrigir os erros, continuar acertando, melhorando, para que nós possamos diante do próximo jogo na sul-americana, a gente possa sair vitorioso.

Jogo sem o Vegetti— Hoje a gente jogou sem o Vegetti e a gente criou algumas oportunidades. Isso mostra que o trabalho vem evoluindo, que a gente já está encontrando outras soluções e não só o cruzamento. Obviamente, na bola parada, tanto defensiva como ofensiva, o Vegetti faz muita falta, mas eu acredito que o Vasco melhorou muito já nesse jogo. Já criou algumas oportunidades com a bola no chão, triangulando, sendo um pouco mais ousado e esperamos que essa evolução continue para que a gente consiga a vitória nos próximos jogos.

Fonte: ge