Basquete: Pedro Ortega faz denúncias e diz que não patrocina mais o Vasco; veja vídeo
Sexta-feira, 11/07/2025 - 10:31
Danteskoo @Danteskoo
Denúncias fortes de Pedro Ortega, antigo patrocinador do basquete do Vasco, sobre superfaturamento de valores.
Fonte: X do jornalista Danilo Danteskoo/Expresso 1923
Vasco responde acusações de 'sumiço' de dinheiro de ex-patrocinador do basquete e diz que luta para dar continuidade à modalidade
O basquete do Vasco passa por um momento de turbulência após o fim da atual edição do NBB. Principal patrocinador do clube, o empresário Pedro Ortega deixou a modalidade, fez acusações sobre "sumiço de dinheiro" e críticas ao valor alto de uma viagem da equipe. Na noite desta sexta-feira, o Vasco negou as acusações e deu suas versões sobre os assuntos.
Em seu perfil no Instagram, Ortega afirmou que o valor de R$ 1 milhão, que seria de resultados positivos do basquete na últimas duas temporadas, teria desaparecido.
— O basquete deixou dinheiro no Vasco. Por mais que seja pouco, deixei, nesta temporada, 600 'contos'. Na outra, 300. A quadra, paguei do dinheiro que captei. Foi mais de R$ 1 milhão que deixou e sei lá para onde foi o dinheiro. Falo o que quiser porque não tenho rabo preso com ninguém. Deixamos o dinheiro lá e sumiu — alegou.
Em vídeo publicado na conta oficial da associação (responsável pelos esportes olímpicos), o segundo vice-presidente geral, Renato Brito Neto, afirmou que o dinheiro foi reinvestido na modalidade e divergiu dos valores citados pelo empresário.
— Primeiro vamos lembrar que o Ortega era um patrocinador. Um dos patrocinadores, bem relevante, importante. A gente, obviamente, reconhece a importância dele. Mas o dinheiro era para bancar o time de basquete do Vasco. O gestores têm um orçamento e o Vasco executa. No fim de cada temporada, há um encontro de contas. Na temporada passada, o projeto deu resultado positivo e esse valor foi naturalmente reinvestido na própria modalidade — disse Brito Neto, que explicou que o resultado desta temporada ainda está sendo calculado:
— Eles estão neste momento batendo as planilhas para que haja um fechamento, nem há um fechamento ainda. Isso de que botou R$ 1 milhão e sumiu é uma tremenda inverdade. Não há nem uma definição se o resultado do projeto este ano foi positivo. Se foi positivo, naturalmente será investido no projeto do ano que vem. Quando ele diz que o Vasco nunca ajudou o basquete, não é verdade. O Vasco, além de colocar sua estrutura física, de pessoal, dos departamentos jurídico, financeiro e de compras, o Vasco usa a Confederação Brasileira de Basketball para comprar passagens para o basquete, que é o principal beneficiado com isso. Só esse ano foram 450 mil reais de passagens. O Vasco, sim, tem uma participação no projeto. É uma série de inverdades e informações truncadas que infelizmente o Ortega deu.
Polêmica da viagem
Outra alegação rebatida foi a da discrepância de preço orçados pelo clube e pelo próprio empresário numa viagem de São Paulo. Ortega diz que reduziu o preço de uma viagem da casa dos R$ 80 mil para a dos R$ 30 mil.
— Não sou um cara de ter tempo para conferir a conta do basquete. Não tenho essa capacidade, tenho quatro empresas, não dá. Pensei, "vou confiar em quem está lá dentro". E tem viagens, o time viaja. Fui olhar o custo de uma viagem para São Paulo e estava dando R$ 84 mil. Falei 'calma aí, isso aqui está errado'. Fui fazer as contas, e de alimentação dava R$ 380 por dia. Nem eu gasto isso, e olha que eu posso. É jogador normal, arroz, feijão, um lanche uma fruta... não sei. Quarto, R$ 1 mil e pouco. Pegamos para fazer e deu trinta e poucos mil.
O VP do Vasco diz que houve uma redução menor nos valores em tal viagem ("cinco ou oito mil reais de diferença", diz Brito Neto). E que o setor de compras enviou um orçamento aos gestores da modalidade, posteriormente devolvido com "uma tarifa um pouco menor".
— Os gestores do basquete mandam para o setor de compras a necessidade da viagem. O setor de compras orça e devolve para eles. Em uma viagem específica, os gestores entenderam que o valor da cotação poderia ser melhorado. Não houve essa diferença de R$ 80 mil para R$ 30 mil, isso não é verdade. Só que nessa viagem específica, os gestores conseguiram uma tarifa um pouco melhor, de cinco ou oito mil reais de diferença. O Vasco executou o orçamento determinado, como poderia ser sempre. Se o basquete quisesse organizar e cotar 100% das suas viagens, assim faria.
Basquete vai continuar?
Eliminado pelo Minas nas quartas de final da última edição do NBB, o time do Vasco sofre com a saída de patrocinadores. Dos titulares da equipe, o armador Eugeniusz e o ala Rafael Paulichi deixaram o clube. Marquinhos, outra referência da equipe, se aposentou. Brito Neto diz que o clube busca novos apoiadores pela continuidade do projeto:
— O Vasco segue lutando com seus gestores, Gegê (Chaia) e Cauê (Rocha), pela manutenção da modalidade. Estamos correndo atrás de patrocínios, fazendo reuniões, colocando nossa diretoria de marketing e comercial, tentando através dos contatos do presidente Pedrinho. A gente está satisfeito com o resultado do basquete, queremos continuar, e a diretoria está andado junto aos gestores nesse caminho.